MENSAGEM



ONDE ESTÃO OS ELIAS DE DEUS; LEONARD RAVENHILL

“Onde está o Senhor, o Deus de Elias?”, perguntamos. E a resposta é óbvia: “Onde sempre esteve, no seu trono”. Mas, onde estão os Elias de Deus? Sabemos que Elias foi “um homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos”. Mas infelizmente não somos homens com orações semelhantes às dele. Um homem que ora, para Deus, é poderoso. Mas hoje o Senhor está passando de largo pelos homens, não porque sejam imprestáveis, mas porque são por demais auto-suficientes. Irmãos, nossa capacidade nos deixa incapacitados; e nossos talentos constituem um tropeço para nós.
Elias saiu da obscuridade e entrou no palco do Velho Testamento já homem feito. A Rainha Jezabel, aquela filha do inferno, havia removido os sacerdotes de Deus e posto no lugar deles altares para os falsos deuses. A terra estava coberta de trevas, e o povo envolto em escuridão espiritual. E o pecado campeava. A nação se mostrava cada dia mais impura com a proliferação de templos pagãos e ritos idólatras; a toda hora subia ao céu a fumaça dos milhares de altares ímpios.

E tudo isso acontecia no meio de um povo que se dizia descendência de Abraão, de uma gente cujos ancestrais haviam clamado a Deus nas horas de aflição, e dessa forma foi liberto das suas tribulações. Como estava distante o Deus da glória! O sal perdera seu sabor! O ouro perdera o polimento! E em meio a toda essa imensa apostasia, Deus levantou um homem; não uma comissão, nem uma nova denominação, nem um anjo, mas um homem, com sentimentos semelhantes aos nossos. Deus procurou entre eles um homem, não para pregar, mas para se colocar na brecha. E, como Abraão fizera antes, agora Elias estava na presença do Senhor. O resultado foi que tempos depois o Espírito Santo pôde escrever a história dele com apenas duas palavras: “E orou”. Isso é tudo que uma pessoa pode fazer para Deus e para a humanidade. Se a igreja hoje contasse com tantos intercessores quantos são seus conselheiros, teríamos um avivamento dentro de um ano.
Os homens que oram assim são os grandes benfeitores da humanidade. Elias foi um deles. Ele ouviu uma voz, teve uma visão, experimentou o poder espiritual, avaliou o inimigo e, tendo Deus como parceiro, conquistou a vitória. E as lágrimas que derramou, a agonia de alma que suportou, os gemidos que exprimiu estão todos registrados no livro das crônicas de Deus. Por fim, ele surgiu para profetizar com infalibilidade divina. Conhecia a mente de Deus. E foi assim que, sozinho, paralisou toda uma nação e modificou o curso da natureza. Esse homem decidido permaneceu firme e imperturbável como as montanhas de Gileade, no momento em que cerrou os céus para que não chovesse. Com a chave da fé, que serve em qualquer fechadura, ele trancou os céus, pôs a chave no bolso, e fez Acabe estremecer. E embora seja glorioso o fato de Deus poder usar um homem, ainda mais glorioso é ele ser atendido por Deus. Se um homem de Deus se puser a gemer “no Espírito”, Deus clamará “Deixa-me ir”. Talvez nos empolgasse a idéia de operarmos as maravilhas que Elias operou, mas será que apreciaríamos ser banidos?
Irmãos, se quisermos realizar a obra de Deus à maneira de Deus, no tempo determinado por ele, com o poder divino, teremos a bênção do Senhor e a maldição do diabo. Assim que Deus abre as janelas do céu para nos abençoar, o inimigo abre as portas do inferno para nos intimidar. Receber a aprovação de Deus implica em topar com a carranca do diabo. Simples pregadores podem ajudar muita gente, sem prejudicar a ninguém; mas os profetas de Deus agitam a todos, ao mesmo tempo que deixam o diabo louco. O pregador talvez agrade ao povo; um profeta o contrariará. O homem que se mostra descompromissado, inspirado e cheio de Deus, está sujeito a ser taxado de impatriota, por censurar os pecados de sua nação, ou de descaridoso porque sua língua é como espada de dois gumes; ou de desequilibrado porque o peso da opinião da maioria dos pregadores é contrária a ele. O mero pregador é aclamado; o profeta de Deus é perseguido.
Ah, irmãos pregadores, nós apreciamos imensamente os grandes santos de Deus do passado, os nossos missionários, mártires, reformadores, como Lutero, João Bunyan, Wesley, etc. Nós escrevemos as biografias deles, reverenciamos seus feitos, compomo-Ihes elogios e erguemo-lhes memoriais. Fazemos qualquer coisa, menos imitá-los. Apreciamos o sangue que eles derramaram, mas não deixamos que se derrame nem uma gota do nosso!
João Batista conseguiu ficar seis meses solto. Em nossos dias, numa de nossas cidades, nem ele nem Elias teriam vivido um mês. Teriam sido presos antes disso, lançados numa prisão ou num hospital de doentes mentais, acusados de julgarem os outros, e de não abrandarem um pouco sua mensagem.
Nossos evangelistas de hoje estão de olhos abertos contra o comunismo, mas não dizem uma palavra contra os outros ismos que inundam o país. Será que não existe um mensageiro hoje, cheio do Espírito Santo, revestido de toda armadura de Deus, para denunciar o inimigo com toda autoridade? Somente a oração poderá manter acesa a chama de nosso coração e conservar nossos olhos fixos na visão. Esse Elias, que tinha um vulcão no coração e uma voz de trovão, surgiu no cenário do reino justo numa época bem parecida com esta que vivemos.
As dificuldades com que se depara o evangelismo mundial são incontáveis. Mas isso só serve para estimular os mais decididos.
“Vês rios que parecem intransponíveis?
Vês montanhas nas quais não se podem abrir túneis?
Deus se especializa em realizar o que julgamos impossível,
E pode realizar o que nenhum outro poder consegue”.
O preço é elevado. Deus não quer ser apenas nosso sócio; quer ser nosso proprietário.
Elias viveu com Deus. Ele via o pecado da nação como Deus via. Entristecia-se por causa dele, do modo como Deus se entristecia; repreendeu o pecado, do modo como Deus repreendia. Era fervoroso em suas orações e ardoroso em denunciar os males do povo. Sua pregação nada tinha de brandura; era repassada de fervor; e suas palavras abrasavam o coração das pessoas como um metal incandescente lhes queimaria a pele.
Mas “o Senhor firma os passos do homem bom, e no seu caminho se compraz” (Sl 37.23). E então Deus orientou Elias; primeiro disse-lhe: “Esconde-te”; depois: “Vai, apresenta-te”. Seria errado esconder-nos quando deveríamos estar repreendendo reis em nome do Senhor, assim como seria errado pregar quando o Espírito nos conclama a esperar no Senhor. Precisamos aprender a mesma lição que Davi: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa” (Sl 62.5). Qual de nós teria coragem de pedir a Deus para remover todas as suas muletas? Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos. Os caminhos dele são inescrutáveis, mas ele os revela a nós pelo seu Espírito.
O Senhor mandou que Elias fosse para Querite e depois para Sarepta, para que se hospedasse num hotel de luxo? Não! Ele ordenou a esse profeta de Deus, a esse pregoeiro da justiça, que ficasse no lar de uma viúva pobre.
E depois, no monte Carmelo, Elias fez uma oração que é uma obra-prima de concisão: “Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus, e que a ti fizeste retroceder o coração deles” (1Rs 37.18). O escritor E. M. Bounds está com razão quando afirma que só pode fazer uma oração curta e poderosa em público quem mantém uma longa e poderosa comunhão “em secreto”. A petição de Elias não foi no sentido de que os sacerdotes idólatras fossem destruídos, nem que caíssem do céu relâmpagos para aniquilar os rebeldes israelitas, mas, sim, que a glória e o poder de Deus se manifestassem ali.
Parece que nós estamos querendo ajudar Deus a resolver seus problemas. Foi o que fez Abraão, e até hoje a terra é amaldiçoada por essa loucura dele, com a presença de Ismael. Elias não fez o mesmo; ele procurou dificultar as coisas ao máximo para Deus. Queria fogo do céu, mas ensopou o holocausto de água. Deus gosta de ver uma oração assim, com tal audácia. “Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão” (Sl 2.8).
Ó meus irmãos pastores, nossas orações, em grande parto, não passam de conselhos que estamos tentando dar a Deus. Elas são caracterizadas pelo egoísmo, pois nossas petições são em nosso favor ou de nossas denominações. Que Deus corrija isso em nós! Nossa meta deve ser apenas Deus. É sua honra que está sendo conspurcada; é seu bendito Filho quem está sendo ignorado, suas leis que estão sendo transgredidas, seu nome profanado, seu Livro esquecido, e sua casa está-se tornando um círculo social.
O momento em que Deus precisa exercitar mais paciência com seus filhos é quando estes estão orando.
Ficamos dizendo para ele o que deve fazer e como o fará. Além disso, julgamos outros e fazemos apreciações deles. Fazemos tudo, menos a verdadeira oração. E não é na escola bíblica que iremos aprender essa arte. Qual é a escola bíblica que tem em seu currículo uma disciplina chamada “Oração”? A lição mais importante que se pode aprender é a da oração que a Bíblia ensina. Mas quem dá aulas dela? Sejamos honestos e reconheçamos que muitos de nossos professores e diretores de escola bíblica não oram, não choram, não conhecem as dores de parto. Será que podem ensinar o que não sabem?
Aquele que conseguisse levar os crentes a orar, seria quem, abaixo de Deus, produziria o maior avivamento que o mundo já viu. Em Deus não há falhas. Ele é poderoso. “... é poderoso para fazer... conforme o seu poder que opera em nós”. O problema de Deus hoje não é o comunismo, nem a Igreja Romana, nem o liberalismo, nem o modernismo, não. O grande problema dele hoje é o fundamentalismo morto!

Extraído do livro: Por que tarda o pleno avivamento? Editora Betânia

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Perda do Referencial

Juízes 2.10 – “E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao SENHOR, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel”.
Esta passagem do livro de Juízes relata o tempo no qual a nação de Israel já havia entrado na Terra Prometida sob a liderança de Josué, havia expulsado de lá os Cananeus, havia tomado as fortalezas de Jericó e Ai e estava estabelecida na terra. Josué já havia renovado a aliança com o povo (Js. 24. 1-28).
Após todas essas conquistas, Josué vem a falecer (Js. 24. 29). Pouco depois, se levantou outra geração, que está descrita no versículo 10 (Jz. 2.10). Era uma geração diferente da geração de Josué. A Bíblia relata que “se levantou uma geração que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel”.
Foi uma geração apóstata, que não possuía aliança com Deus, nem compromisso com sua Palavra (com sua Lei). E esta geração fez o que “era mal aos olhos do Senhor” e serviu aos baalins (Js. 2.11), isto é, Israel estava seguindo seus próprios deleites, a sua vontade, andando debaixo de uma “justiça própria” e adorando deuses pagãos.
É interessante notar que na geração atual da “Igreja Moderna” estamos vivenciando a mesma coisa: um povo que não conhece a Deus, nem a sua grandiosa obra.
Temos contemplado um evangelho fraco, diluído, que beneficia a carne, que não condena o pecado, que não regenera e transforma o pecador. Dia após dia vemos cristãos preocupados com as ”promessas” (benefícios, “Teologia da Prosperidade”), que apresentam um Deus que só satisfaz o interesse material: carros, casas, melhor emprego, melhor salário…
…procuram a Igreja e a fé para satisfazerem todos os seus desejos terrenos…
Em alguns ministérios o alvo é o luxo e conforto. Dizem que “o verdadeiro cristão tem que ser próspero financeiramente”. A máxima desses ministérios é: “como pode um filho de pai rico ser pobre?”, pois dizem que por Deus ser nosso Pai, e ser dono do ouro e da prata (Ag. 2.8), devemos ser ricos.
Há também as curas. Muitos buscam obter curas, receber milagres, ter alívios imediatos no seu corpo e tantos outros benefícios que Deus possa trazer. É esse o conhecimento da geração atual de Deus: algo de bom que Deus possa fazer por elas, seja o que for. E nessa busca, procuram a Igreja e a fé para satisfazerem todos os seus desejos terrenos, e não para adquirirem conhecimento de Deus, da sua Pessoa e do Seu caráter. Os tais não crescem em santificação e comunhão pessoal com Deus, através de uma vida profunda de oração, agindo assim não se conformam à imagem do Seu Filho Jesus Cristo (Rm. 8.29), não crescem “de glória em glória” à Sua semelhança (2Co. 3.18), tampouco são participantes da Sua natureza divina (2Pe. 1.4).
Por isso se diz desta “geração cristã” que também não conhece “a obra que Ele fizera a Israel”, porque atualmente não há na Igreja conhecimento bíblico, conhecimento dos atributos de Deus, do Seu caráter, justiça, juízo, amor, misericórdia e graça; não há entendimento de como Ele aplicou essas coisas no transcorrer de toda Escritura, mostrando-se o Deus assombroso, terrível, justo e perfeito que é.
Esse é o retrato da geração atual, semelhante à geração dos “dias dos Juízes”. Isso é um fato, e nós não podemos ignorar essa verdade explícita do “evangelho moderno”: é assim que a maioria dos cristãos têm vivido, sem conhecimento das obras de Deus.
A falta de referencial é a causa…
Mas eu quero apresentar a maior causa disso ter ocorrido. Ela está descrita em Juízes 2.8: “Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor…”
Josué, que foi o sucessor de Moisés, era um dos maiores homens do Antigo Testamento, um servo de Deus com inúmeras qualidades, um homem de aliança, liderança, respeito, consagração, que expressava autoridade, santidade, zelo com a Lei de Deus e comunhão profunda com Ele.
Josué era o referencial daquela geração, o condutor, o responsável pela vida espiritual de Israel. Com a morte dele, Israel perdeu o referencial e a liderança espiritual que possuía, através da pessoa de Josué. Por conseguinte, a nação que se levantou, sem esse grande referencial, começou a se desviar e perder os conceitos espirituais: transgredindo a Lei, servindo a outros deuses e vivendo de maneira iníqua, até provocar a ira do Senhor. Esse foi o grande fator do declínio de Israel.
E hoje, na nossa geração, isso não é diferente. A razão pela qual o Cristianismo atual, o padrão de vida espiritual dos cristãos e o “evangelho” que eles professam estar como está, é a falta de referenciais. Não estamos mais vivendo os tempos de John Wesley, Jonathan Edwards ou Hudson Taylor, que eram homens irrepreensíveis em sua conduta cristã e líderes poderosíssimos.
Em contrapartida a esses homens de fé do passado, a maioria dos referenciais de hoje são homens sem caráter, sem autoridade espiritual, que não ensinam o evangelho bíblico, nem conduzem os cristãos a uma vida profunda com Deus. O que vemos são líderes ensinando sobre prosperidade financeira e “status”, ensinando a conquista de bens na Terra, utilizando até o exemplo do próprio Josué, que era um conquistador, para ensinarem que devemos “conquistar tudo que pudermos em âmbito material e terreno”.
Outros referenciais da atualidade são os “curandeiros” e “milagreiros”, que são ovacionados pelos seus “supostos milagres” e tidos como homens de Deus apenas por seus “milagres”.
Há ainda os referenciais da música, reputados como homens de Deus por ajuntarem as massas, por terem a melhor tecnologia audiovisual e comporem melodias extremamente alegres: são os “pop stars gospel” atuais. O que os define como homens de Deus são seus talentos e o número de pessoas que alcançam, mas não o seu caráter ou sua devoção pessoal a Deus. A maioria desses líderes não pautam seus ministérios exclusivamente na Bíblia, nem levam os cristãos a crescerem no ensino bíblico, na vida de oração, na santificação e na regeneração do seu caráter.
Esse é o tipo de referenciais que possuímos hoje, que representam o modelo de liderança atual, sendo os responsáveis por conduzir a Igreja atual na “graça de Deus”.
Se você notar, no Antigo Testamento, a nação de Israel, o povo de Deus, sempre refletia o seu altar: quando o altar do Senhor estava santificado, Israel prosperava, haviam colheitas e paz. Contudo, quando o altar estava corrompido por postes ídolos e outros deuses, a nação toda perecia, haviam secas e fomes, e Israel perdia suas batalhas contra os inimigos.
Então, concluímos que o estado de declínio espiritual dos cristãos é causado pela corrupção do altar, decorrente da desobediência dos seus sacerdotes à Palavra de Deus, levando a sequidão espiritual, a falta de colheita dos frutos do Espírito e a derrota na batalha espiritual contra as hostes do inferno, criando uma geração débil e fraca, que não tem conhecimento profundo de Deus, nem da sua poderosa obra que fizera e ainda continua fazendo em corações sinceros e tementes a Ele.
O nosso referencial é Jesus Cristo…
Mas você deve estar pensando: na nova aliança, no tempo da graça, o nosso referencial é Jesus Cristo, pois está escrito: “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé…” (Hb. 12.2). Isso é correto e essa é a única maneira de você se salvar desta geração corrupta! Você deve atentar somente às Escrituras.
Entretanto, Deus sempre colocou grandes homens para conduzir seu povo e levá-lo a crescer em santidade, porque sabia (e sabe) ser necessário que hajam pastores aptos a conduzir Seu rebanho. Um grande exemplo de tal verdade no Novo Testamento foi o apóstolo Paulo. A sua liderança autêntica e zelosa foi um grande referencial para milhares de cristãos, ao ponto dele escrever: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (1Co. 11.1). E o Apóstolo continua até hoje sendo um modelo de liderança a ser imitado: na sua devoção e reverência a Deus, nas disciplinas que aplicava, no profundo zelo com a Igreja do Deus vivo, nas dores, aflições e perseguições que padecia pelo Evangelho. Um homem que “deveria” ser o modelo para qualquer líder deste tempo.
Porém, se isso não tem ocorrido em nosso meio, você deve pautar toda a sua vida cristã nas Escrituras, seja ela seu guia, alimento e proteção, pois a Bíblia diz: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo…” (1Co. 11.28). Examine a sua vida à luz das Escrituras: tudo que diga acerca de como ser um cristão aprovado por Deus, sobre como deve ser a sua conduta na sociedade, na igreja e no ministério. Atente para cada detalhe que está nos mandamentos, esforce-se para cumpri-los, conheça a Deus e o Seu caráter – que estão revelados na Bíblia – e você também conhecerá a obra que Ele fez e ainda faz.
Além disso, procure ler sobre os grandes homens de Deus do passado, que transtornaram esse mundo para Jesus. Leia biografias e testemunhos de homens como David Brainerd, John Wesley, John Knox, Hudson Taylor, Jonathan Edwards e Jerônimo Savonarola (e tantos outros), pois a conduta desses homens e de seus ministérios irá te conceder grande inspiração.
Creio haver, ainda que em pequeno número, alguns referenciais vivos, que pregam e escrevem a verdade, procure saber também deles, pois a Palavra diz: “Melhor é serem dois do que um. Porque se um cair, o outro levanta seu companheiro…” (Ec. 4.9-10). E este que deve estar conosco, o nosso “companheiro”, deve ser um bom referencial cristão.
Sobretudo, como eu disse anteriormente, olhe para Jesus, fixe seus olhos, sua fé e sua confiança absoluta Nele; pois Ele jamais irá te confundir, errar com você ou te deixar, porque através da Sua Palavra Ele te fará um cristão santificado, transformado e, quem sabe, preparado para o ministério, te sustentando, até a Sua volta. Ele é, absolutamente, o melhor referencial que já existiu e ainda existe!
Pr. Paulo Junior


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Esperança
Cristo em vós esperança da glória” (Colossensses 1.27)
Um dos sinônimos da palavra esperança é: ”expectativa ou coisa que se espera”. Esperança sempre foi uma palavra muito usada entre as pessoas. Creio que elas têm realmente esperança, muitas têm expectativa que algo bom, novo ou diferente ainda pode acontecer em suas vidas. Entretanto a maioria das pessoas acaba frustrada, decepcionada,porque a esperança de grande parte delas está depositada em algo que não pode satisfazê-las. Mesmo nas igrejas, entre o povo de Deus, há muita decepção e desespero, devido ao estado que ela (a igreja) se encontra.
Mas quero te orientar a possuir uma esperança correta, que será correspondida. Ela deve estar voltada para a pessoa do Senhor Jesus Cristo; não o Jesus religioso e cultural das religiões, mas o Jesus bíblico. Estou dizendo de confiar nas
Escrituras,apenas nas Escrituras.O problema é que nossa esperança não se baseia naquilo que é bíblico, e sim no que lançam a nós e temos que engolir… e na maioria das vezes não é bíblico, e se não é bíblico, Deus jamais cumprirá, o que conduz. a um fracasso da fé.
Desafio você a crer e a obedecer tudo que a Bíblia ensina e orienta, e também o que ela promete. Desta forma você não será frustrado e jamais sua esperança resultará em nada, porque o Deus da Bíblia é infalível! Ele é um Deus de justiça e de juízo, que não tem o culpado por inocente (Ex. 34.7), que não compactua e nunca compactuará com o pecado, contudo é um Deus misericordioso, um Deus de amor, que sempre honra aqueles que andam em retidão (Sl. 84.11).
Se você está passando momentos difíceis, escuros, não tem idéia do que está acontecendo e não entende porque tem que passar por isso: volte-se apenas para as Escrituras, estude-as, medite nelas, esforce-se em cumprir seus mandamentos e creia absurdamente em todas as promessas de Deus, pois isto te trará consolo,segurança e uma fé sólida, e tenha certeza que sua esperança resultará na mais plena vitória.




Por que seguir Jesus?

Jonathan Dodson22 de Agosto de 2013 - Jesus Cristo
Na cultura de hoje, somos mais pragmáticos que reflexivos. Obcecados em saber o que dá certo e qual o passo a passo para o sucesso, nós nos esforçamos para repetir a fórmula. Preocupamo-nos menos com o porquê das coisas funcionarem. O discipulado não é exceção. Muitos trocaram o porquê pelo como; a motivação pela melhor prática. Isso é desconcertante. A questão é que a prática pode levar-nos apenas até certo ponto. Quando chegam as dificuldades, a prática precisa de motivação para continuar.
O que te motiva a seguir Jesus? Se esta não é uma questão que você continuamente pondera e responde, você se afastará de Jesus ao invés de segui-lo.
O discípulo pragmático
Devido à inclinação pragmática de nossa cultura, o mantra do discipulado moderno é “faça discípulos que façam discípulos”. Esse mantra é pragmático e reprodutivo. A reprodução pragmática é a principal preocupação de Jesus? Quando veio proclamar o evangelho do Reino, ele transmitiu uma mensagem inspiradora e depois passou os três pontos de ação sobre como fazer discípulos? Com certeza, o que ele fez foi nos dar exemplo, instruir e enviar (Lucas 9-10). O Reino de Deus está incorporado a um DNA reprodutivo (refletido em algumas das parábolas agrícolas de Jesus). Mas o Reino de Deus também é lento e profundo. Ele se estende por períodos árduos e pelas profundezas do coração humano. O reinado de Cristo penetra nosso DNA, nos motivando continuamente.
Ao invés de focar o seu treinamento no “como”, Jesus incansavelmente chegava ao “porquê”. É por isso que muitos de seus ditos são inquietantes. Como um mestre, ele despertava a reflexão, e não apenas a ação:
Indo eles caminho fora, alguém lhe disse: Seguir-te-ei para onde quer que fores. Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; Mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (Lucas 9:57-58)
Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus. (versículos 61-62)
Jesus nos força a refletir sobre os nossos motivos para segui-lo. Se vivemos para o conforto e facilidade, não vamos desistir da nossa cama, dinheiro e entretenimento para segui-lo. Se a comunidade ideal é o que motiva as nossas decisões, não vamos desistir de amigos e familiares. Jesus é claro. Se quisermos ser seus discípulos, devemos ser motivados por algo maior do que o conforto e a comunidade. Seu Reino deve nos motivar, e o Reino requer sacrifícios.
Verdadeiros discípulos considerarão e assumirão o custo de segui-lo vez após vez. Eles suportarão porque, ao encontrar o Reino, eles encontrarão um Rei digno de seu sacrifício. Procurando o porquê de sua existência, eles descobrirão uma pérola de grande valor. Os discípulos que são motivados pelo pragmatismo só podem considerar o custo e abraçar a causa de fazer discípulos que fazem discípulos, mas quando chega o momento decisivo, eles se afastam de Jesus, e não o seguem. Precisamos de mais do que os “comos” do cumprimento da Grande Comissão para atravessarmos as adversidades que advêm com o buscar primeiro o Reino de Deus.
O discípulo de Jesus
Quando Jesus proferiu o sermão do monte, ele o encheu de motivação do Reino. A orientação principal para fazer discípulos é precedida pela imagem de um rei ressurreto e radiante, com poder e autoridade no céu e na terra (Daniel 7:9-14; Mateus 28:17). Ele é forte o suficiente para depor as nações, e glorioso o suficiente para convocá-las à sua adoração. Somos enviados sob essa proteção. Não somos enviados na autoridade de nossa própria experiência, mas na autoridade de seu senhorio. Nossa história não é suficiente para “fazer um discípulo”, mas a história dele é. Por que cumprimos o ide? Para batizar em seu nome, não em nosso. Fazer discípulos de todas as nações não é uma causa pessoal, é o plano redentor do próprio Deus. A nossa motivação, então, resulta de uma submersão na graça de Deus, e não do alinhamento dos outros com a nossa maneira de fazer as coisas.
Como podemos continuar a fazer discípulos quando estamos submersos no pecado até o pescoço? Temos que lembrar que o sucesso da nossa missão exige não só a autoridade do Rei, mas também a misericórdia do Messias. Ele é o Discípulo que tem sucesso onde nós falhamos, em perfeita obediência a Deus. Nós estendemos a misericórdia que vem das misericórdias dele, as quais se renovam a cada dia.
Mas e se o campo missionário for muito difícil? Eis que ele está conosco sempre, até o fim dos tempos. Nós dependemos não só da obediência passada do Discípulo Fiel, mas também da atual presença do Senhor ressurreto. Fazemos discípulos na autoridade de Jesus, imersos na graça de Jesus, permanecendo na misericórdia de Jesus, com a promessa da presença eterna do Rei Jesus. Os discípulos precisam recuperar a motivação única para suportar todo o custo - a suficiência infinita e o esplendor do nosso Senhor.
Por que seguimos Jesus? Por causa de quem ele é. Se tivermos Jesus, temos mais do que o suficiente para fazermos discípulos.

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